terça-feira, 18 de outubro de 2011

Samuel Brinton denúncia os abusos sofrido em "seu tratamento de reversão".




Mãos queimadas e depois congeladas. Pequenas agulhas sendo enfiadas embaixo das unhas. Sessões de eletrochoque. Tudo isso enquanto um vídeo exibia cenas de sexo explícito entre homens.

Samuel Brinton tinha apenas 12 anos quando foi submetido a uma sessão de ‘cura’ na igreja batista norte-americana após ter contado ao pai, um pastor do interior do estado de Iowa, que sentia atração pelo melhor amigo. Ele não fazia ideia de que não devia se sentir atraído por outros meninos. 

O jovem, hoje com 23 anos e estudando engenharia nuclear no conceituado MIT (Massachussets Institute of Technology), contou sua história em uma série de entrevistas sobre a realidade  de gays, lésbicas e transsexuais nos EUA, que já foi visto  dezenas de milhares de vezes na internet.


Em seu perfil no twitter, Brinton diz que quer usar o seu exemplo para que outras pessoas possam ter uma escolha que ele não teve. 

No vídeo, ele conta que apanhou tantas vezes do pai e com tamanha violência que chegou a ser levado diversas vezes à emergências de hospitais, onde dizia que havia “caído da escada”.

A tortura no ritual da igreja batista não era apenas física. Seus pais chegaram a dizer ao menino que ele tinha Aids e que era o último gay dos EUA, uma vez que o governo teria exterminado todos os outros.


Após meses de tortura, o jovem considerou o suicídio, subindo no telhado de casa. Sua mãe, que também apoiava a tentativa de “conversão”, tentou dissuadi-lo dizendo: “Eu vou te amar de novo, mas só se você mudar.”

Brinton acabou descendo do telhado e convenceu os pais de que havia “mudado” até sair de casa para ir à faculdade. Quando resolveu assumir sua orientação sexual e voltar para casa, encontrou suas coisas todas na rua. O pai ameaçou matá-lo se ele tentasse contato novamente.


“Na última vez, ele disse que atiraria em mim se eu tentasse entrar em casa de novo”.

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